UEM terá lâmpadas em LED e nove prédios irão captar energia solar; licitação de R$ 4,8 mi é anunciada para 2018

  • Nove edifícios da Universidade Estadual de Maringá (UEM) terão placas fotovoltaicas para captação de energia solar. O investimento se aproxima de R$ 2,7 milhões e abertura do processo de licitação foi anunciado para o primeiro trimestre de 2018.

    Serão instalados 1.440 módulos que irão ocupar uma área próxima a 2,8 mil m² para a coleta. “A plena potência, essa área deverá produzir mais de 460 kWpico, o correspondente a 7% da demanda hoje”, afirma o coordenador do Projeto de Eficiência Energética (PEE), Carlos Antônio Pizo.

    Os edifícios serão agora selecionados de acordo com a posição geográfica da cobertura, que precisa estar voltada para o norte. A economia prevista com o investimento na energia solar será de R$ 192 mil por ano, segundo cálculos da universidade.

    Outra medida a ser implantada, é a substituição de 28.435 lâmpadas tubulares fluorescentes por lâmpadas de led. A troca será feita em 90% das instalações no campus de Maringá. O custo com a compra e instalação das lâmpadas é de R$ 1,2 milhão.

    O coordenador do projeto completa que “Além de mais eficientes, as novas lâmpadas irão demandar menor custo de manutenção, já que a vida útil delas é bem maior do que a das lâmpadas convencionais”, afirma Pizo.

    O prefeito do campus, Carlos Augusto Tamanini, prevê uma economia anual de mais R$ 546 mil com a substituição das lâmpadas. Segundo Tamanini, 30% do total de 782.322 kWh mensais da universidade se refere à iluminação.

    A compra das lâmpadas é prevista para o primeiro trimestre de 2018, quando é prevista a abertura da licitação.

    O investimento total nos projetos de eficiência energética pode chegar a R$ 4,8 milhões, valor aprovado na chamada pública da Copel e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para projetos de eficiência energética das universidades.

    O reitor da UEM, Mauro Baesso, explica que do valor total de R$ 4,8 milhões, a contrapartida da UEM ficará próxima a R$ 266 mil. “A cada R$ 1 que a UEM investir, o projeto receberá, a fundo perdido, o montante de R$ 17.”

    A UEM também foi contemplada com mais R$ 1,8 milhão. O valor será aplicado no Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). A proposta de pesquisa visa a desenvolver painéis solares com novos materiais que aproveitem melhor a luz solar e gerem mais energia.

    Em 25 anos a economia será de R$ 6 milhões

    O professor do Departamento de Economia da UEM, Joilson Dias, prevê uma taxa de retorno nos investimentos que ultrapassa 12% por ano.

    Dias afirma que em 25 anos o investimento assegura uma economia de R$ 4,8 milhões para a universidade, levando em conta o preço atual. Se levarmos os aumentos reais da energia, este valor pode superar R$ 6 milhões, afirma.

    “Irá gerar uma economia de, aproximadamente, R$ 700 mil por ano, correspondendo a dois meses do atual gasto mensal da Universidade com energia elétrica”, diz Baesso. Ele afirmou que busca outras fontes de financiamento para ampliar os investimentos em sustentabilidade.

    Projeto de Eficiência Energética da Copel e Aneel

    As substituições fazem parte do projeto de Eficiência Energética (PEE), aprovado em chamada pública da Copel e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), exclusiva para instituições de ensino superior.

    As universidades contempladas foram UEM, UEL (Universidade Estadual de Londrina), UFPR (Universidade Federal do Paraná) e UFTPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná). Todas as Universidades do Paraná participaram da concorrência.

    O processo de seleção das propostas pela comissão técnica da Aneel foi realizada em Brasília. A assessora de Planejamento, Alice Murakami, e os professores Antônio Medina e Antônio Carlos Pizo compuseram o grupo que apresentou a proposta da UEM.

    Alice destaca destaca que a UEM ficou em sétimo lugar, entre os 25 projetos aprovados pela Aneel. E a universidade conquistou o primeiro lugar entre os cinco projetos aprovados pela copel na avaliação de originalidade, aplicabilidade, relevância e razoabilidade de custos.

    A UEM implantou uma Política Ambiental a partir de 2015 com foco no uso de energias renováveis, redução de consumo, redução de CO², entre outras práticas sustentáveis.

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