Cresce o número de contaminação por HIV em Maringá; UEM terá testagem rápida nesta sexta

  • O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Maringá realizou 21.851 testes rápidos de DSTs e Aids na cidade em 2017 e foram constatados 161 casos de HIV positivo. O número é 17,5% superior ao registrado durante todo o ano de 2016.

    Preocupados com o crescimento da contaminação, o CTA, em parceria com o Ambulatório Médico e de Enfermagem e o Centro de Ciências e Saúde da Universidade Estadual de Maringá (UEM), irão realizar nesta sexta-feira (6/10) uma campanha de testagem rápida para HIV/Aids, Hepatites B e C e Sífilis no campus da UEM.

    Os exames são gratuitos e o resultado é mantido em sigilo. Os interessados devem procurar o Ambulatório Médico e de Enfermagem, no bloco 1 da UEM, das 8h30 às 16h30. O objetivo principal é levar orientações a jovens de 17 a 25 anos.

    No entanto, a testagem estará disponível para as mais de 20 mil pessoas que circulam pela UEM todos os dias – entre professores, alunos e funcionários. Para realizar o teste rápido, basta apresentar o RG. Também serão disponibilizadas orientações sobre o uso de preservativos para evitar a propagação das doenças.

    A testagem é importante para o diagnóstico precoce da DSTs, que propicia o tratamento logo de início, aumentando a eficácia dos medicamentos e reduzindo o risco de morte.

    Segundo os organizadores, em caso de diagnóstico positivo, a equipe oferece suporte para que o paciente inicie o tratamento imediatamente. Em caso negativo, a equipe estará à disposição para sanar as dúvidas.

    Quem não for da comunidade universitária da UEM e queira fazer o teste, deve procurar o CTA na Policlínica Municipal da Zona Sul. Fica na Rua Tabaete, 396, no Jardim Tabaete. Os exames são realizados de segunda à quinta, das 7h30 às 16h.

    O que é o HIV:

    O HIV é o vírus da imunodeficiência humana, a infecção não tem cura, mas é possível fazer tratamento para uma melhor qualidade de vida, e evitar que o vírus chegue ao seu estágio mais avançado, a síndrome da Aids.

    A transmissão do HIV ocorre por meio da troca de fluidos corporais, como sangue, sêmen, secreções vaginais e leite materno. Também pode ocorrer a transmissão vertical, ou seja, da mãe para o filho, desta forma é indicado que as grávidas comuniquem o médico para receber um tratamento adequado para evitar a transmissão na hora do parto.

    Para evitar o contágio do vírus HIV é recomendável utilizar preservativos nas relações sexuais, e se prevenir na utilização de materiais perfurantes ou cortantes. Outra orientação é nunca dividir uma seringa.

    É valido lembrar que a transmissão não ocorre por meio do beijo, aperto de mão, abraço, dividir sabote, toalha, talheres ou copos.

    Hepatite B:

    A hepatite B é uma doença transmitida por um vírus e causa irritação e inflamação do fígado. A pessoa infectada pode desenvolver a hepatite aguda, crônica ou fulminante, a última pode levar à morte. Em menos de 5% dos casos a doença permanece no organismo e torna-se crônica, de acordo com o site Drauzio Varella.

    A transmissão pode ocorrer da mãe para o filho na gravidez, durante ou após o parto. Ocorre também por meio de pequenos ferimentos na pele e nas mucosas, pelo uso de drogas injetáveis e por meio das relações sexuais desprotegidas.

    Entre os sintomas estão: náuseas, vômitos, mal-estar, febre, fadiga, falta de apetite, dores abdominais, urina escura, fezes claras, e pele e parte branca dos olhos ficam amareladas.

    Para prevenir é indicado tomar as três doses da vacina contra a hepatite B, distribuída pelo SUS. Não deve-se compartilhar seringas e objetos cortantes, e utilizar preservativo nas relações sexuais.

    Hepatite C:

    A hepatite C é uma doença viral, e os medicamentos mais recentes conseguem eliminar o vírus do corpo humano. A infecção ataca e inflama o fígado e não costuma apresentar sintomas. Quando apresentam são parecidos com a hepatite B.

    Entre o grupo de risco estão profissionais da área de saúde que estão em contato frequente com sangue. Pessoas que compartilham agulhas com alguém infectado e pessoas que tenham relações sexuais desprotegidas com um portador de hepatite C.

    Para evitar, é importante o uso de preservativo, além de não compartilhar objetos perfurantes e evitar contato com o sangue de pessoas infectadas.

    Sífilis:

    A sífilis é uma doença que geralmente é transmitida sexualmente. Também pode ser transmitida pelo beijo, ou pode ser passada da mãe para o filho durante a gravidez ou o parto. A doença tem cura.

    A sífilis por meio do sexo desprotegido tem três estágios. O primeiro forma feridas no local infectado (órgãos sexuais e virilhas), que somem cerca de cinco semanas depois, mesmo sem tratamento e a bactéria torna-se inativa no organismo.

    Se o organismo voltar a desenvolver o vírus, podem surgir manchas em várias partes do corpo e queda dos cabelos. E se atingir o estágio mais avançado, pode desenvolver sintomas mais graves, como a cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos. A sífilis pode até ser fatal.

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