Enquanto empresários e autoridades discursavam aos cerca de 500 convidados na inauguração da loja gourmet da rede Super Muffato em Maringá, bem ao lado do Parque do Ingá, fomos conhecer o supermercado.
Logo na entrada, ainda do lado de fora, um detalhe: os carrinhos de compra, em três tamanhos, são de plástico e não de metal. Se isso é bom ou ruim, o tempo dirá. A princípio é de se supor que são mais silenciosos.
O interior da loja impressiona: o piso e o teto são em cores bem claras. O pé-direito do salão também não é tão alto como o da maioria dos supermercados, o que torna o ambiente mais aconchegante.
O supermercado abre de segunda a domingo, das 8h às 22h.
Impacto com quantidade de caixas
Logo de cara, o cliente vai se deparar com uma fila de 24 caixas – resta saber qual será o número de atendentes no dia a dia -, sendo quatro de autoatendimento.
As gôndolas são baixas, sendo possível ver quem está do outro lado dos corredores, que são largos e bem sinalizados – para ler as placas de classificação dos produtos o cliente não precisa ficar olhando pra cima.
Basta alguns minutos ziguezagueando entre as gôndolas que o foco-conceito da loja fica evidente: alimentação e bebidas, das mais simples às mais sofisticadas.
Os produtos nacionais e importados para o preparo de pratos do cotidiano ou da alta gastronomia ocupam a maior parte da loja, que segundo a assessoria de imprensa do grupo comercializa 25 mil itens – incluindo aí bazar, perfumaria e limpeza. Isso não foi possível conferir.
A começar pelos temperos
Preparos de ervas finas, pimentas de vários continentes e grande variedade de sal – produto essencial na culinária – e marcas de azeite chamam a atenção.
Pode-se encontrar, por exemplo, um vidro com 220 gramas de um ‘mix di pepi’, que concentra sabores provenientes de várias partes do mundo, por salgados R$ 159,90. Ou um simples caldo de galinha Maggi, infinitamente mais em conta.
Tem do popular sal Cisne refinado com iodo ao “Sale orgânico da Sicilia”, que custa R$ 139,90 (640 gramas).
Mas saltam aos olhos dos incautos, pelo preço, e dos cozinheiros, pela qualidade, o sal orgânico rosa do Himalia, que pode ser levado pra casa por R$ 164,90 (590 gramas).
Azeites, um capítulo à parte
A galeria de azeites é composta tanto pelos conhecidos portugueses Andorinha e Gallo e o espanhol Carbonell (R$19,98 -500 ml), entre outros, como do célebre português Alfandagh extra virgem orgânico, com 0,1% de acidez, que sai por R$ 98,35 (500 ml). Ou ainda o Garcia Morón, produzido na Espanha desde 1850. Meio litro dele custa R$ 69,90.
Vinhos para todas as situações
A garrafa do vinho mais caro comercializado na loja estava em falta na véspera da inauguração. O sommelier informou que chegaria no dia seguinte – mesmo porque um português Pera Manca de R$ 2,3 mil não deve vender como pão quente.
Segundo release distribuído na inauguração, a adega do supermercado conta com mais de 700 rótulos de vinhos nacionais e importados. Isso também não deu para contar – mas com certeza são centenas e centenas.
Logo após uma entrevista para um canal de TV, o diretor do Grupo Mufatto, Eduardo Mufatto, foi surpreendido por uma pergunta irreverente do Maringá Post:
– Eduardo, qual desses vinhos o senhor escolheria?
– Em que situação?
– Para hoje, por exemplo.
Ele se virou para a prateleira e apontou, inicialmente, para uma garrafa de Pulenta, um blend-malbec 2014 produzido em Mendoza, vendido a R$ 166,69.
Em seguida sugeriu o argentino Santa Júlia, magna, de R$ 99,00. E justificou: “É um excelente vinho, de uma vinícola tradicional e o custo-benefício está muito bom”.
Pensando bem, ele poderia ter escolhido qualquer um.
Quem sabe uma das garrafas que ficam na adega refrigerada, onde são guardados os mais-mais, como o chileno Almaviva, cabernet sauvignon, de R$ 580.
O Super Mufatto Goumert oferta, conforme informações da assessora de imprensa do grupo, 300 tipos de cervejas especiais. Também tem as mais consumidas nos botecos brasileiros, como Bhrama, Antárctica e Skol a preços competitivos.
Entre as especiais, e tem muitas, meio litro da Invicta sai por R$ 31,89. Já 500 ml de uma Brok custa R$ 6,99. A escolha para o churrasco fica por conta do tamanho do bolso do freguês.
Carnes, pães, verduras e frutas
Um dos pontos fortes do supermercado são as carnes. As bovinas são 100% de gado da raça angus, conhecida pela maciez e sabor, com cortes tradicionais – os especias são feitos na hora.
Por exemplo, para levar uma bandeja com 1 kg de t-bone de angus prime o felizardo tem que desembolsar R$ 86,34.
As carnes de animais exóticos são interessantes. O quilo de javali do cerrado sai por R$ 102,02 – quase o mesmo preço do quilo da carne do famoso porco montau (R$99,29), que é criado solto e tem origem em cruzamentos a partir do lendário porco preto ibérico.
Também tem carne de pato, marreco, jacaré, faisão, queixada, galinha d’angola, rã, coelho… Todas congeladas, obviamente.
A padaria, segundo o próprio panificador, trabalha com um mix de 69 tipos de pães. Do tradicional francês (R$ 7,29 o kg) ao australiano 100% integral folheado (R$30,90 o kg), “ideal para os adeptos da saudabilidade, já que estamos pertinho do Parque do Ingá”, acrescentou.
Ao lado da padaria fica o setor de hortifrúti. E ali, diz a empresa, tem 300 itens de frutas, verduras e legumes. O que deu para perceber foram as frutas pouco comuns, como pitaya, physalis, grapefruit e cupuaçu.
Cogumelos de diversos tipos, sushi feitos na hora e peixes de água doce e salgada complementam o mix da loja que, certamente, enfrentará a concorrência do Angeloni.
A diferença é que o Mufatto Gourmert é menor e focado na alimentação e bebida, enquanto que a loja do grupo catarinense segue a linha dos hipermercados, com maior segmentação de produtos.
Observamos que alguns dos preços citados, colhidos na quarta-feira (27) à noite, antes da loja abrir ao público, na quinta-feira de manhã, podem ter sido alterados durante a madruga devido às promoções de inauguração.
Comentários estão fechados.