O Pavilhão Azul do Parque de Exposições de Maringá receberá neste sábado (30/9) o Hookah Festival. Apesar de ser direcionado aos usuários de narguilé, o evento terá restrições para o fumo. É isso mesmo, será proibido fumar no festival.
Por determinação da Secretaria de Saúde de Maringá, por se tratar de um ambiente fechado e coletivo, os organizadores serão obrigados a coibir o uso de qualquer produto para fumo, sob pena de serem multados.
O motivo é que o consumo de produtos fumígenos em ambientes fechados como o Pavilhão Azul é vetado pelas leis federais 9294/1996 e 12.546/2011, por portarias do Ministério do Trabalho e da Saúde e por leis e decretos municipais.
Mesmo com a restrição ao narguilé, os organizadores informaram que o festival será realizado neste no sábado (30/9) a partir das 16 horas. Veja abaixo o comunicado divulgado pelos organizados no YouTube.
Muitas pessoas têm se manifestado nas redes sociais contra e a favor da proibição. Houve críticas à decisão da Secretaria e a proibição ao fumo no local motivou pedidos de reembolso do valor pago antecipadamente pelos convites.
Por outro lado, também há apoio aos organizadores pelo empenho na realização do evento, mesmo diante da restrição.
Caio Cesar, de Paranavaí, disse que foi difícil receber a notícia, pois é muito importante “chegar, fumar, conhecer novas marcas e pessoas diferentes”. Para ele, “o narguilé une as pessoas”. Ainda assim, Caio irá prestigiar o evento e os expositores.
Secretaria de Saúde diz que alertou organizadores
O diretor da Vigilância em Saúde, Eduardo Alcântara Ribeiro, disse que desde que o alvará foi solicitado pelos organizadores, houve a comunicação de que o espaço coberto não poderia ser usado para o consumo do narguilé.
Contudo, sendo definido como um “evento de negócios e cultura árabe”, o Hookah Festival foi autorizado, desde que fosse vetado o uso de qualquer fumígeno.
A proibição é relacionada ao Programa Nacional de Combate ao Tabagismo, que existe desde a década de 1980.
Além do uso, a publicidade de fumígenos também é proibida, mesmo que a atividade seja regulamentada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Segundo o diretor, haverá fiscalização no local e o descumprimento poderá resultar em punições.
Para Ribeiro, há uma inversão de valores em relação a uma medida protetiva que visa à saúde das pessoas. “O narguilé expõe o fumante a uma quantidade maior de nicotina do que o cigarro comum, por não ter filtro, mas é mais agradável ao consumo pelos sabores.”
Mesmo sem fumo, festival espera 3 mil visitantes
Organizador do Hookah Festival, Thiago Maguchi, confirma o evento e diz que há uma expectativa de um público superior a 3 mil pessoas, além da participação de cerca de 60 marcas de produtos de narguilé.
Para aqueles que compraram o convite, que previa o consumo de várias marcas e sabores, os organizadores decidiram pela oferta de um kit com uma mangueira e 250 gramas de carvão, que serão retirados no local.
Uma reunião entre os organizadores irá redirecionar a parte da logística do evento e as novidades serão informadas na página oficial do Hookah Festival, no Facebook.
A equipe é a mesma que, em 2015, organizou o Maringá Hookah Sunset. Em 2015, o evento foi realizado no Race Park, local ao ar livre onde não houve restrições ao consumo de narguilé. Na ocasião, foram arrecadadas mais de 1 tonelada em alimentos para doações.
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