Duas chapas disputam as eleições para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual de Maringá UEM), que serão realizadas no dia 8 de novembro. As campanhas já começam a movimentar as redes sociais.
A Chapa 1, Acelera, da situação, tem como coordenador geral o estudante de odontologia Rafael Bornea Brito e a Chapa 2, Construção Coletiva, de oposição, a estudante de psicologia Giovanna Serafim Morelli.
A página do Faceboock da Acelera, criada a mais tempo, até o dia 24 de setembro tinha 1.635 seguidores. O último texto até então (27) faz a prestação de contas da gestão, diz que “a família Acelera só aumenta” e pede votos.
Já a página da Construção Coletiva, na mesma rede social, até sua última postagem (20/9) contava com 568 seguidores. A mensagem diz que a principal bandeira do grupo é “a defesa do ensino público, gratuito, democrático e de qualidade”.
Embora as campanhas estejam só começando já é possível observar uma dose política maior na turma da oposição. Uma curiosidade: a chapa tem duas mulheres na liderança – a coordenadora financeira é Barbara Dourado Sanches, do curso de Ciências Sociais.
O grupo, que se diz insatisfeito com a atual direção do DCE, fala em “reorganização do movimento estudantil como instrumento político” e critica “os cortes de recursos do governo estadual às universidades públicas”.
Saraus e lutas específicas
As últimas diretorias do DCE da UEM, de um modo geral, estiveram basicamente voltadas para assuntos internos da universidade – e não, necessariamente, ligados à qualidade do ensino.
Em 2015, por exemplo, o debate que extrapolou os limites do campus foi sobre a proibição dos chamados saraus, que nada mais eram do que festas, regadas com bebidas alcoólicas, dentro da UEM.
A prestação de contas da atual gestão, na rede social, destaca como conquistas a reforma da sede da entidade e duas campanhas para doação de sangue em parceria com o Hospital Universitário (HU).
Os integrantes da chapa da situação dizem ainda: “Demonstramos que um DCE sem envolvimento com partidos pode ser muito mais eficaz e representativo”.
Nas eleições passadas, os dirigentes atuais foram oposição à então diretoria, ligada ao PSTU.
E acrescentam: “Somos apaixonados pela UEM e a defenderemos com todas as nossas forças. Temos consciência das muitas demandas ainda não atendidas e queremos lutar por elas”.
Baixos índices de votação
Nas três últimas eleições, a média de votantes ficou abaixo de 10% de um universo superior a 17 mil alunos presenciais de graduação e pós-graduação de todos os campus – os matriculados na Universidade Aberta da Terceira Idade também podem votar.
Se somar os alunos do EAD, Ensino a Distância, que também têm direito ao voto, o colégio eleitoral vai a 25 mil votos.
Nas eleições de 2014, três chapas concorreram e 1.928 estudantes votaram; em 2015 foram cinco chapas e 1.025 alunos participaram; e em 2016, com duas chapas no páreo, 2002 acadêmicos depositaram seus votos nas urnas.
Para as próximas eleições, estão programados dois debates entre as duas chapas para outubro, provavelmente no Restaurante Universitário (RU). As datas ainda não foram definidas.
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