O Conselho Tutelar de Maringá encaminhou na tarde desta quarta-feira (27/9) uma bebê com 15 dias de vida para o Abrigo Municipal. A menina estava com um casal, morador da zona norte da cidade, que é suspeito de ter negociado a adoção ou compra da criança diretamente com a mãe.
“Recebemos uma denúncia há cerca de quatro meses de que a mulher, que estava grávida, iria entregar o bebê para um casal”, contou o conselheiro tutelar Carlos Bonfim. Durante a gestação e o acompanhamento pré-natal, os conselheiros não conseguiriam comprovar nenhuma irregularidade.
Ontem, os conselheiros receberam nova denúncia, de que a mãe, de apenas 18 anos, teria viajado para Brasília e deixado a criança em Maringá.
Ao verificar a residência do casal, o Conselho Tutelar encontrou a menina de 15 dias no local. “Eles apresentaram um termo de guarda reconhecido em cartório. É uma declaração que não tem qualquer validade, mas que dizia que a mãe tinha estregue a criança espontaneamente para eles cuidarem”, disse.
O casal foi levado para a Delegacia de Maringá para prestar esclarecimentos. “A versão do casal é que a mãe voltaria, após uma semana. Mas entendemos como uma atitude suspeita, até porque ela levou um outro filho na viagem”, afirmou o conselheiro.
Caberá à Polícia Civil investigar agora se a versão do casal é verdadeira ou se houve algum pagamento à mãe, para recompensar a possível doação da criança.
O caso também vai ser encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude de Maringá, que poderá determinar a perda da guarda da mãe e o encaminhamento da bebê para a adoção. “Acreditamos que será difícil para a mãe reaver esta criança”, ponderou o conselheiro.
Na casa onde a menina de 15 dias foi encontrada, havia um carrinho novo e várias roupinhas. “Entendemos que eles tinham a intenção de ficar com a criança”, apontou.
Bebê morto foi achado em saco de lixo
Há pouco mais de um mês, um recém-nascido foi encontrado morto dentro de um saco de lixo no Conjunto Paulino, em Maringá. O bebê foi jogado em um terreno baldio e segundo o Instituto Médico Legal (IML), a criança morreu asfixiada.
A Delegacia de Homicídios de Maringá descartou a possibilidade de aborto e trabalha com a hipótese de homicídio.
O DNA da criança foi coletado e encaminhado ao IML de Curitiba para tentar identificar algum parentesco da mãe. Um retrato falado também foi divulgado, mas até agora nenhuma suspeita foi identificada.
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