Juca Chaves, o menestrel maldito (como chegou a ser apelidado), faleceu aos 84 anos no sábado (25) após ficar internado por 15 dias no hospital São Rafael, em Salvador, devido a problemas cardiorrespiratórios.
Ele se tornou famoso nos anos 1960 por unir humor e música e incomodar a ditadura com suas modinhas e trovas, incluindo músicas como “Caixinha, Obrigado!”, “Take Me Back To Piauí” e “A Cúmplice”. Juca foi exilado do Brasil nos anos 1970 e foi morar em Portugal, onde também desagradou o regime político. Ele ainda passou por exílio na Itália.
Juca Chaves nasceu no Rio de Janeiro em uma família judaica e teve formação em música erudita, compondo sua primeira modinha aos 12 anos.
Ele ficou conhecido pelo apelido de menestrel maldito, dado pelo poeta Vinicius de Moraes, e sempre se apresentava com seu alaúde. Juca Chaves fundou sua própria gravadora e tornou-se conhecido pelos bordões, incluindo o mais famoso “vá ao meu show e ajude o Juquinha a comprar o seu caviar”.
Ele tentou se aventurar na política em 2006, como candidato ao Senado, mas acabou em quarto lugar.
Juca Chaves voltou aos holofotes em 2015, satirizando a política brasileira e defendendo a Operação Lava-Jato.
Ele morava em Itapuã, em Salvador, há duas décadas. Durante sua carreira, sempre ironizou a mídia e teve uma relação tensa com a imprensa, chegando a ser boicotado por jornais e revistas.
Juca Chaves era casado com Yara Chaves desde 1975 e deixa duas filhas, Marina Morena e Maria Clara.
Seu corpo será cremado neste domingo, às 16h, no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador.
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