Morreu neste domingo na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, o escritor, jornalista, crítico de artes e dramaturgo Artur Xexéo, conhecido do grande público por seus quadros na Rádio CBN, GloboNews, pela Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão, onde é jurado desde o início da atração, e pelas transmissões das cerimônias do Oscar, onde mostrava seu profundo conhecimento do cinema de todas as épocas e estilos. Artur Xexéo morre aos 69 anos e deixa marca como grande criador no campo da cultura.
O escritor morreu apenas duas semanas depois de ser diagnosticado com um linfoma não Hodgkin de células T. Fez a primeira sessão de quimioterapia na quinta e passou mal à noite. Na sexta, teve uma parada cardiorrespiratória, logo revertida. Mas, em função dela, não resistiu e morreu na noite deste domingo.
Artur Xexéo deixa o companheiro, Paulo Severo, com quem foi casado por 30 anos.
Xexéu jornalista
Artur Xexéu passou pelos principais veículos da imprensa brasileira e como editor de Economia do Jornal do Brasil foi quem levou os jornalistas do setor a escrever “para o povo”, deixando de usar jargões próprios da Economia para escreverem de forma que qualquer leigo pudesse entender.
Colunista do jornal “O Globo” e comentarista da GloboNews, ele também teve passagens por “Veja” e “Jornal do Brasil”. Desde 2015, participava da transmissão do Oscar na Globo. Também ficou conhecido no rádio. Na CBN, estreou ao lado de Carlos Heitor Cony como comentarista.
“Tudo que eu faço, o que eu edito, o que eu escrevo, é em nome do leitor. Então, eu acho que ele tem o direito de reivindicar, de gostar, de não gostar, de reclamar, de escrever, de se colocar, de se posicionar, eu gosto de participar dessa troca”, afirmou, durante uma das várias entrevistas concedidas ao longo de sua carreira.
Xexéo escritor
Artur Xexéo morre e deixa vários livros publicados, muitos deles biografias de gente famosa, como a da apresentadora Hebe Camargo, que virou filme e micro-série na TV Globo.
Entre os seus livros estão “Janete Clair: a usineira de sonhos”, “O torcedor acidental (crônicas)” e “Hebe, a biografia”. Escreveu ainda, junto com Carlos Heitor Cony e Heródoto Barbeiro, “Liberdade de Expressão”.
Xexéo também foi dramaturgo. Escreveu o musical “A Garota do Biquíni Vermelho” e a peça “Nós sempre teremos Paris”. Traduziu o espetáculo musical “Xanadu”, dirigido por Miguel Falabella, e “Love Story, o musical”, dirigido por Tadeu Aguiar. Foi responsável também pelos musicais “Cartola – o mundo é um moinho” e “Minha Vida Daria Um Bolero”. Em 2019, fez a adaptação do musical “A cor púrpura”.
Um de seus últimos espetáculos escritos foi “Bibi, uma vida em musical”, em homenagem à diva do teatro Bibi Ferreira.
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