O jornalista Fábio Campana, que morreu neste sábado em Curitiba aos 74 anos, foi mais uma vítima da covid-19 no Paraná e foi o tipo de profissional que não quis – ou não soube – focar em apenas um aspecto da carreira. Era da multitarefa: jornalista a colunista político, comentarista de rádio e TV, escritor, poeta, dono de uma editora de livros e ainda foi secretário de Comunicação Social da prefeitura de Curitiba e secretário de Estado da Comunicação Social em três governos.
Campana foi colunista político de jornais como Gazeta do Povo, O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná, Gazeta do Paraná e ainda publicada por muitos jornais do interior do Estado, foi também comentarista das rádios BandNews, CBN e Banda B.
Além de editor de seu blog por 15 anos, foi editor da revista Atenção e do jornal Correio de Notícias. Como repórter, foi autor de matérias marcantes, como “Sodomia, suor e látego”, publicada na extinta Revista Panorama, em 1979. A reportagem denunciava as condições do sistema prisional juvenil do Paraná.
Como escritor, Fábio Campana publicou Restos Mortais, contos (1978), No Campo do Inimigo, contos (1981), Paraíso em Chamas, poesia (1994), O Guardador de Fantasmas, romance (1996), Todo o Sangue (2004), O último dia de Cabeza de Vaca (2005), Ai (2007) e A Árvores de Isaías (2011).
Como publicitário, trabalhou nas agências Equipe e Exclam. No campo do marketing político, atuou em diversas campanhas para governador do Paraná e em inúmeras campanhas para prefeituras, além de ter dirigido a comunicação das campanhas presidenciais que elegeram dois presidentes do Paraguai: as de Juan Carlos Wasmosy (1993) e de Raúl Cubas Grau (1998).
O jornalista Fábio Campana foi filiado ao Partido Comunista em 1960 e esteve filiado ao PCdoB até 1981, quando deixou o partido. Foi preso político em 1966 e em 1970.
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