Interventor, coronel Jurandir André, se apresenta à Viapar em Maringá. Para alguns, ação é inócua, mas governo diz que precisa de controle sobre fluxo de veículos

  • O interventor na Viapar, coronel da reserva que foi comandante do Corpo de Bombeiros, Jurandir André, chegou na sede da concessionária em Maringá, às margens da PR-317, no Parque Industrial, pouco antes das 9 horas desta sexta-feira (5/10), acompanhado por representantes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Paraná.

    Foi recebido por diretores da concessionária e, em seguida, entraram em reunião, que continuava até esta postagem. A intervenção nas concessionárias do Anel de Integração por 180 dias foi decretada na quinta-feira (4) pela governadora Cida Borghetti (PP), com o objetivo de aferir o fluxo de veículos nas praças de pedágio, que “não tem controle”.

    A intervenção, segundo a assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu, se deu por recomendação da Procuradoria Geral e da Controladoria Geral do Estado, após a deflagração da 55ª Operação da Laja Jato – Integração II, que apura denúncias de corrupção nas pedagiadoras e prendeu, entre outros, o presidente da Viapar e Pepe Richa.

    Os seis interventores nomeados são coronéis da reserva da Polícia Militar. Além de André na Viapar, são eles: Larson Carstens (Ecovia – Curitiba), Edison Luiz Feijó (Rodonorte – Ponta Grossa), Marco Aurélio Paredes Czerwonks (Caminhos do Paraná – Irati), Rubens Guimarães de Souza (Econorte – Londrina) e Oscar Monteiro (Ecocataratas- Cascavel).

    A intervenção decretada pela governadora, candidata à reeleição, está sendo interpretada de forma critica por parcela da opinião pública. Em editoral, a Gazeta do Povo diz que “a ação do governo paranaense é inócua e eleitoreira, mas pelo menos não houve medidas drásticas que acrescentariam mais confusão a um tema que já é uma caixa-preta”.

    O secretário estadual de Infraestrutura Abelardo Lupion disse que o objetivo da intervenção é auxiliar nas investigações da Lava Jato, da qual o governo passou a fazer parte, propiciando acesso à documentações dentro dos prazos legais, criar sistemas de gerenciamento e controle de tráfego e implantar conselhos comunitários locais.

    A Procuradoria Geral também ajuizou ação na 23ª Vara Criminal de Curitiba requerendo redução das tarifas, com pedido de liminar. Não é a primeira vez que o tema entra em pauta da sucessão estadual. O ex-governador Jaime Lerner, por exemplo, reduziu a tarifa pela metade, se reelegeu e, depois, tudo ficou “como dantes no quartel de Abrantes”.

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