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Localizada no centro do Paraná, a 365 km de Curitiba, Laranjeiras do Sul possui uma história tão sui gêneris quanto encantadora. Em meados da década de 1940, a cidade foi alçada à condição de capital do recém-criado Território Federal do Iguassu, extinto três anos depois de sua implantação.
O município traz em seu DNA o condão da hospitalidade e da perseverança de seu povo, atributos forjados ao longo dos 77 anos de sua emancipação, em 1946. Quando se desmembrou de Guarapuava, Laranjeiras do Sul cabia em 7.610 Km² de Paraná – mais de doze vezes a área atual.
Para se ter uma ideia de sua vastidão, as divisas do município se davam com Guarapuava, Pitanga, Campo Mourão, Foz do Iguaçu, Clevelândia e Mangueirinha. O gigantismo em sua extensão territorial demandava de vultosos investimentos nas frentes de conservação de sua malha rodoviária rural. A partir do desmembramento de Guaraniaçu e, posteriormente, de outros 11 municípios, seu território encolheu a 601 km² – apenas 8% de sua área original.
Singularidades e potencialidades à parte, os laranjeirenses só passariam a ouvir sopros de mudança a partir de 2005, com o advento da eleição de um político totalmente destoante aos padrões de seus antecessores. Estamos falando de Berto Silva (Podemos), 55 anos, hoje em seu quarto mandato de prefeito de Laranjeiras do Sul.
Emergido da área da comunicação, o ex-radialista tirou a cidade do ostracismo com a atração de grandes obras, sobretudo da área da Educação – como a implantação do Cense (Centro de Socioeducação), entre outras, e um monumental programa de pavimentação asfáltica que hoje cobre praticamente 100% do quadro urbano.
Contudo, foi o foco no social que impulsionou a popularidade do governante, que hoje em seu quarto mandato, refestela-se em 85% de aprovação popular, segundo pesquisa realizada pelo instituto Radar Inteligência, em novembro passado, com 4 pontos de margem de erro.
Nessa área, Berto construiu um complexo de Assistência Social, onde a Prefeitura oferece inúmeros serviços à fatia mais carente da população, entre os quais, cursos de capacitação profissional e oficinas em contraturno escolar.
Programas de assistência social permanentes, como o Olho Vivo, pelo qual o município oferece acompanhamento oftalmológico e óculos de graça ao cidadão consolidam o viés social emplacado da administração municipal. Uma das primeiras ações do primeiro mandato de Silva foi pôr em prática com um programa de desfavelamento, que consistia em realocar famílias residentes em barracos a moradias dignas, e regularizar áreas de invasões.
Hoje, a cidade também se destaca pela capacitação de jovens ao mercado de trabalho na área da tecnologia. Ao criar uma ação chama Laranjeiras Tecnológica, desenvolvida num amplo laboratório de TI (Tecnologia da Informação), implantado pela Prefeitura, Laranjeiras inspirou o Governo do Estado a criar o Geração Paraná Digital, que, por essa razão, foi lançado na cidade. Tanto no programa municipal quanto no estadual, jovens são remunerados em sua capacitação, e, na maioria dos casos, saem do curso já empregados numa empresa privada parceira do poder público.
Em síntese, a Laranjeiras do Sul do século 21 é muito mais progressista, moderna e menos desigual.
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